
por Ramon Maia
Não seria impertinente dizer que o livro apresentado aqui por Alexandre Reis nos remete a um certa noção de sujeito. De alguma forma, pelo seu caráter aforismático logo nos lembraria os moralistas franceses como La Rochefoucauld. Contudo, a
subjetividade que o texto de Alexandre propõe não está propriamente na trama do livro, não é algo pressuposto, senão que deverá ser construída pelo próprio leitor. Pensemos na resenha crítica que Sérgio Buarque de Holanda e Prudente de
Moraes Neto fazem de Memórias Sentimentais de João Miramar ao afirmarem sobre o referido romance oswaldiano que a construção do enredo se faz no espírito do leitor.
A gravitação estilística do livro de Alexandre Reis é moderna, para não dizer modernista. Lança mão deuma fina ironia e um certo humor, sem os quais os breves pensamentos sobre a vida e a morte perderiam sua eficácia. A oscilação entre uma delgada angústia e linhagens de um estilo sardônico ganha força com o espírito de fragmentação. Alexandre abre mão do sistema para tecer lineamentos sobre parcelas da vida e, na verdade, as questões propostas são repostas ao leitor que deverá juntar as peças de um quebracabeças infinito.

subjetividade que o texto de Alexandre propõe não está propriamente na trama do livro, não é algo pressuposto, senão que deverá ser construída pelo próprio leitor. Pensemos na resenha crítica que Sérgio Buarque de Holanda e Prudente de
Moraes Neto fazem de Memórias Sentimentais de João Miramar ao afirmarem sobre o referido romance oswaldiano que a construção do enredo se faz no espírito do leitor.
A gravitação estilística do livro de Alexandre Reis é moderna, para não dizer modernista. Lança mão deuma fina ironia e um certo humor, sem os quais os breves pensamentos sobre a vida e a morte perderiam sua eficácia. A oscilação entre uma delgada angústia e linhagens de um estilo sardônico ganha força com o espírito de fragmentação. Alexandre abre mão do sistema para tecer lineamentos sobre parcelas da vida e, na verdade, as questões propostas são repostas ao leitor que deverá juntar as peças de um quebracabeças infinito.

Nenhum comentário:
Postar um comentário